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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Correnteza vence eleições em várias universidades do país

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Nos últimos dois meses, a combatividade do Movimento Correnteza conquistou importantes vitórias em várias eleições de DCE de norte a sul do país. A luta em defesa de mais verbas e melhores condições de ensino nas universidades, aliada ao trabalho cotidiano dentro dos centros acadêmicos, foram fundamentais para dar mais força ao movimento estudantil e conquistar essas vitórias. 

Redação


Ousar lutar, ousar vencer

No Rio Grande do Norte, os estudantes da Universidade Estadual (UERN) estavam abandonados, com a sua entidade representativa, o DCE Anatália Melo Alves, omisso diante dos vários problemas enfrentados diariamente na universidade. Foi por isso que, com muita disposição de luta, a chapa de oposição impulsionada pelo Correnteza foi para dentro das salas de aula despertar a revolta e exigir a abertura do restaurante universitário nos campi de Caicó e Assú, além de reformas estruturais para ter melhores condições de estudar.

Com 1.474 contra 745 votos, a chapa “Aos Que Ousam Sonhar” foi eleita pela primeira vez para a gestão do DCE-UERN, derrotando a chapa do PT/PcdoB. Segundo Madu Catunda, vice-presidente da UEE-RN e militante da UJR, essa vitória refletiu a “sede de mudança por uma nova construção política no movimento estudantil”.

Na Paraíba, o DCE da Universidade Federal de Campina Grande ganhou vida nova sob a direção do Correnteza, organizando as lutas contra o aumento do bandejão e o assédio nos campi, conquistando importantes políticas de permanência estudantil e autofinanciando as ações do DCE através da emissão das carteirinhas estudantis. O respeito e confiança dos estudantes no DCE se expressou na vitoriosa recondução do Correnteza para a diretoria com 3.065 votos. 

Reabertura histórica do DCE da UFC 

Com uma campanha enraizada nos interiores e ampla participação dos centros acadêmicos, a chapa composta pelos setores de esquerda da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi vitoriosa na eleição de reabertura do DCE. Conquistando expressivos 5.122 votos, contra 1.848 da chapa do PT/PCdoB, a chapa encabeçada pelo Correnteza, ao lado do PSOL e UJC, fez 73% da votação. 

Para Victor Davidovich, coordenador da UJR no Ceará, “colocar o DCE em funcionamento é impulsionar e multiplicar as lutas e reivindicações que buscam defender a educação pública no país e o acesso de toda sociedade a um ensino gratuito e de qualidade. O resultado dessa eleição é a volta da vitória”, disse.

Abrindo caminhos na região Norte, a vitória da chapa de luta “A Maré do Norte” balançou as estruturas da Universidade Federal de Roraima. O DCE-UFRR foi vanguarda nacional ao conquistar a redução do preço do bandejão de 11 para 7 reais, além de apoiar a fundação de vários centros acadêmicos e lutar contra o fascismo. Sem dúvida, essa gestão exemplar foi o que reconduziu o Correnteza com 62% dos votos, contra a chapa Levante/PCdoB/Rua.

Estudantes lutam por mais direitos no Sul e Sudeste

O Movimento Correnteza também participou pela primeira vez das eleições do DCE da Universidade Federal do Espírito Santo, com a intenção de apresentar as nossas ideias para os estudantes capixabas. Apesar da intensa campanha de difamação e ataques promovida pela chapa governista, nossa chapa, que contou com o importante apoio das companheiras do Movimento Olga Benario, conquistou 612 votos e já faz planos para ampliar a presença na UFES.

No Rio de Janeiro, mais uma vez, o imobilismo da UJS/PCdoB não teve vez nas eleições do DCE da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Lá, os estudantes reconduziram o Correnteza com 72% dos votos para a gestão do DCE Lúcia Maria de Souza. Já na Unisuam, importante universidade privada da cidade, o Correnteza venceu novamente as eleições do DCE com 1.141 votos.

DCE da UFRGS novamente de portas abertas 

A vitória da chapa impulsionada pelo Correnteza, Juntos, Alicerce e Ocupe representou o desejo de luta dos estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que estavam há vários meses sem representação estudantil. Com 2.644 votos, a campanha da chapa foi pautada na denúncia contra a política de expulsão dos estudantes cotistas que vem sendo implementada pela reitoria ilegítima, por mais verbas e contratação de funcionários e professores. 

Na mesma toada, a chapa “Todas As Vozes” foi eleita para continuar a luta dos estudantes contra os abusos das universidades privadas, na Atitus de Passo Fundo.

Trabalho cotidiano e sistemático

Para Ísis Mustafa, 1ª vice-presidente da UNE e militante da UJR, “seguir o plano universitário definido pela Coordenação Nacional tem sido fundamental para ampliar a presença nos cursos e centros acadêmicos, compreender e organizar as reivindicações locais e fazer gestão de entidades que retomam a referência dos estudantes na luta”.

Para ela, “fazer panfletos e boletins denunciando os problemas da universidade e passar nas salas de aula” é o caminho para ampliar e consolidar o trabalho nas universidades. “Não podemos nos calar diante das injustiças e devemos sempre exigir que os governos priorizem a educação com mais investimento nas nossas universidades”, defende.

De fato, com um trabalho persistente e cotidiano, o movimento Correnteza e a UJR chegarão em cada sala de aula, mostrando para os estudantes que o caminho de vitórias é a luta.

Matéria publicada na edição nº283 do Jornal A Verdade.

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